Mitos e verdades sobre autismo
O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta principalmente a comunicação, o comportamento social e a interação. Existem muitos mitos e verdades associados ao autismo, e é importante esclarecer alguns deles.
Além disso, as pessoas devem entender a complexidade que é até alguém chegar ao diagnóstico. Não é nada simples o dia a dia de quem convive com o transtorno, desde a chegada do diagnóstico até as intervenções. Por isso, lidar com mitos simplistas sobre o assunto acaba com toda a construção de informações sérias e verdadeiras sobre o autismo. Sendo assim, esse texto tem o objetivo de melhorar o entendimento das pessoas sobre o que é real nesse universo do TEA.
Vamos, então, explorar alguns mitos e verdades sobre o autismo?
Principais mitos
Autismo é causado por vacinas
Este é um mito amplamente desacreditado. Estudos científicos extensivos não encontraram nenhuma ligação entre vacinas e autismo. Apesar de já termos visto movimentos antivacina motivados por esse tipo de inverdade, hoje sabemos que não há evidências que comprovem essa relação.
Pessoas autistas não têm empatia
Isso não é verdade. Embora a expressão de empatia possa ser diferente em pessoas com autismo, muitas delas têm a capacidade de sentir empatia, de fato.
Autismo é causado por falta de afeto
Essa ideia, conhecida como “teoria da mãe geladeira”, foi proposta no passado, mas não tem base científica. O autismo é um distúrbio neurológico complexo e não é causado por fatores emocionais.
Pessoas autistas têm habilidades extraordinárias
Nem todas as pessoas com autismo têm habilidades excepcionais em áreas específicas. Sendo assim, as habilidades e desafios variam significativamente de pessoa para pessoa.
Esses são alguns dos mitos que mais ouvimos no dia a dia, infelizmente eles atrapalham muito a comunidade autista, principalmente na luta contra o preconceito e na busca em informar a sociedade sobre o que, de fato, é o autismo.

Fonte: Envato/Por LightFieldStudios
Mas não devemos desanimar, desinformação se rebate com mais informação e educação. Mesmo que não seja nada fácil lidar com tanta falta de conhecimento sobre o assunto, acreditamos que é com conteúdos relevantes que iremos melhorar o entendimento da sociedade sobre o tema.
Então, vamos para o que é real sobre o autismo.
Verdades
O autismo é um espectro
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma ampla gama de características e níveis de severidade. Cada pessoa com autismo é única, com suas próprias habilidades e desafios.
Diagnóstico precoce é crucial
Identificar o autismo precocemente e iniciar intervenções adequadas pode melhorar significativamente os resultados a longo prazo. Diagnosticar e tratar o autismo o mais cedo possível é fundamental.
Intervenção comportamental é eficaz
Intervenções comportamentais intensivas, como ABA (Análise do Comportamento Aplicada), podem ser eficazes no desenvolvimento de habilidades sociais, linguísticas e comportamentais em pessoas com autismo.
Predisposição genética
Estudos sugerem uma forte influência genética no desenvolvimento do autismo. Algumas famílias têm um maior risco de ter mais de uma pessoa com autismo.
Diversidade de habilidades e interesses
Pessoas com autismo têm uma ampla gama de habilidades e interesses. Algumas podem ter talentos especiais em áreas como matemática, música, arte ou ciência, enquanto outras podem enfrentar desafios significativos em áreas sociais ou de comunicação.
Agora que sabemos os mitos e as verdades, vamos ver um pouco qual seriam as formas de lidar com os mitos para que cada vez mais as pessoas entendam a realidade do universo autista.

Fonte: Envato/Por Maryna_Vagonetochka
Como desmistificar o autismo?
Desmistificar o autismo é fundamental para promover uma compreensão mais precisa e inclusiva de quem vive no TEA.
Ações para combater desinformação
- Educação e Conscientização: disponibilize informações precisas e baseadas em evidências sobre o autismo em escolas, locais de trabalho e comunidades. Organize workshops, palestras e eventos educacionais para abordar conceitos errôneos e fornecer informações atualizadas sobre o autismo.
- Narrativas Positivas: compartilhe histórias positivas de pessoas com autismo que alcançaram sucesso em diversas áreas da vida, desmistificando a ideia de que o autismo é uma barreira intransponível.
- Inclusão Social: promova a inclusão de pessoas com autismo em atividades sociais, esportivas e culturais para que a comunidade em geral tenha a oportunidade de interagir e aprender com a diversidade.
- Treinamento de Profissionais: forneça treinamento a profissionais, como educadores, profissionais de saúde e prestadores de serviços, para que possam compreender melhor as necessidades das pessoas com autismo e oferecer suporte adequado.
- Criação de Ambientes Amigáveis ao Autismo: adapte ambientes para torná-los mais acessíveis, considerando fatores sensoriais, luminosidade, ruído e outras variáveis que podem afetar pessoas com autismo.
- Desconstrução de Estigmas: aborde estigmas associados ao autismo, desafiando concepções equivocadas e promovendo uma mentalidade mais inclusiva.
- Aceitação da Diversidade: promova uma cultura que celebre a diversidade em todas as suas formas, reconhecendo que o autismo é apenas uma maneira diferente de experimentar o mundo.
- Participação Ativa de Pessoas com Autismo: dê voz às pessoas com autismo para que possam compartilhar suas experiências, perspectivas e opiniões, contribuindo para a conscientização e desmistificação.
- Abordagem Individualizada: reconheça a diversidade dentro do espectro autista e evite generalizações. Cada pessoa com autismo é única, com habilidades, desafios e preferências individuais.
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Fonte: Envato/Por Maryna_Vagonetochka
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